Tropical, plural, fatal, legal, Gal - nas últimas décadas - teve que lidar com a ação do tempo no seu canto. Foi desafiada a se (re)descobrir em tons mais baixos e menos agudos sem perder de vista o esplendor do gogó celebrado, com unanimidade, do início da carreira até os anos 1990, como um dos mais belos do Brasil.
Na verve roqueira, indie; meio tropicalista, meio psicodélica; meio roqueira, meio bluzeira, trilhada, inicialmente, por ela nos anos 1970, reencontrou o público, a crítica e a cantora estratosférica que nunca deixou de ser.
A canção Cartão Postal - composta pela eterna mutante Rita Lee - presente no seu último show, Estratósferica, Gal - com atitude e intensidade - "dá na cara" dos seus detratores e mostra que ainda não surgiu cantora que dê conta de tantas transformações com excelência, sem perder o rebolado.
Camaleoa poderosa, tigresa sensual, ìndia audaciosa, Gal Costa é, e continua sendo - de formas muito diferentes - foda!
Por Vitor Pimentel
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