07 dezembro 2016

Trem bala Ana Vilela

Existe um debate sobre a arte e sua função social; seu propósito.

Muita gente fala em transgressão. Em ser crônica do tempo, do cotidiano. Crítica política. "Música tem que ser engajada. Ter sentido e finalidade em si".

Será?

Em parte acho que sim. Se a antena do artista não tiver ligada nessa sintonia, repete-se modelos, fórmulas. Torna-se escravo do público, mercado, fans. Perde-se no caminho.

Mas no final de tudo, arte/música, precisa emocionar. Acessar sentimentos e sensações que existem na gente. Remeter a memórias afetivas. De preferência fazer sorrir.

As vezes a simplicidade e a falta de robustez estética é suficiente. Sem prosódias, paródias aliterações, poesia e metáforas complexas. Em alguns momentos basta conectar com nossa humanidade.

A canção abaixo, Trem Bala, da pouco conhecida cantora e compositora "teen" Ana Vilela é dessas canções. Bonita por ser bonita e linda exatamente pelo mesmo motivo.

Fecha os olhos e escuta. Deixe-se levar. Quem sabe você também não se emociona.

Vitor Pimentel



Nenhum comentário

Postar um comentário